
O Maximoda é um dos maiores eventos sobre moda e negócios consolidado no Nordeste. A edição deste ano trouxe no mês de agosto o tema “A Vitória da Criatividade – Como superar os tempos de incerteza”. Entre as pautas discutidas, o seminário debateu o cenário econômico da moda no país durante a tarde de 21 de agosto, no auditório do shopping Iguatemi,para aproximadamente 450 pessoas. O público, formado por diversos profissionais envolvidos na cadeia produtiva do setor, ouviu com o interesse os palestrantes. Professores, estudantes, gestores, empresários, estilistas e outros veículos agregados a moda. Todos eles foram buscar esclarecimento do momento atual onde não só a moda é afetada,mas muitos outros segmentos.
Em sua 8ª edição, o maximoda tem a apresentadora Márcia Travessoni como a grande idealizadora do evento. Ela não podia deixar passar em branco o balanço econômico do setor nos últimos dias. Foi pensando no que tava na boca do povo que o maximoda foi contemplado por palestrantes de renome, dos quais debateram a realidade do mercado de estilo para os próximos anos. Entre eles, Carlos Ferreirinha da MCF consultoria, autoridade no mercado premium na ameríca latina, Marta Rodrigues, diretora criativa da grife infantil, Fábula, Luis Taniguchi, presidente da Tani Brasil e Jordana Damiani e sua irmã Damyla Damiani, head comercial e estilista da marca Damyller.
“Não tinha como agente deixar de discuti esse momento que estamos vivendo no Brasil. Discuti isso com o setor e trazer empresas, marcas que conseguem se fortalecer e superar qualquer tempo de incerteza, isso da uma renovação pra quem estar do outro lado. O Maximoda é uma marca bem consolidada e ela tem um foco, ela tem um objetivo, isso é o que faz a diferença. É algo que vem dando certo”, destaca Márcia Travessoni.

Mas quem fez o público tremer as bases foi o presidente da MCF consultoria, Carlos Ferreirinha com a palestra “O que as marcas de luxo têm a nos ensinar nesse cenário de crise”. Mesmo num cenário em que o consumidor tem o receio do endividamento, as grifes de luxo são exemplos importantes, pois possuem larga experiência e alcançam nas mais diversas situações. O curioso, porém, é saber que estas marcas também estão aprendendo com a crise. Por que seria um luxo se elas não fossem abaladas. No mínimo, eu gostaria de saber como elas estão conseguindo ser resilientes para sustentar o ritmo.
“Agente tem uma tendência em achar que só elas ensinam. Esse é o momento que elas têm que aprender a serem mais flexíveis, de entender um pouco mais da demanda do mercado brasileiro. Nem tudo aquilo que funciona lá fora teoricamente funciona no Brasil. Então, você tem que ser mais humilde, um pouco mais flexível”, afirma Carlos Ferreirinha.
O mercado de luxo no país em 2015 estar se mantendo na sua evolução comparada ao ano de 2014. Neste ano a estimativa de crescimento econômico no setor será de 4%. O índice é o menor comparado ao ano de 2013 aonde crescia com 7%. Segundo empresa Euromonitor, especialista em pesquisa de mercado para o site Brasil econômico.
“Eu digo que o Brasil é um país muito complexo, tudo é muito difícil. Então, as marcas têm que se colocar mais a disposição de serem mais humildes para aprender no mercado brasileiro e entender inclusive que o Brasil não é mais somente São Paulo, e essas marcas tem sempre uma predisposição maior de somente ficarem em São Paulo. Agora é o momento que elas também têm que aprender sobre nordeste e sobre Fortaleza”, completa Carlos Ferreirinha.

O dia 21 de agosto de 2015 foi sem dúvida uma data marcante para muitos profissionais da moda local no ceará. Acredito que muitos não esperavam se deparar com assuntos tão relevantes –, muito menos com o que escutaram. Na verdade, as pessoas não saíram às mesmas de quando chegaram. Elas foram tomadas de ânimo e doses de motivação diante do quadro que assusta um grupo de pessoas. Gente que ama e respira moda, mas que, acima de tudo, reconhece que o momento é de tensão e se preocupam como se manterão nos próximos dias.
“O evento tá muito primoroso. Os palestrantes têm um nível muito bom, e isso agrega muito pro segmento do Ceará. Agente pode ter experiência de marcas famosas e que agente sempre ouviu falar e estar perto de todas essas pessoas que as fazem. Agente tem muito a aprender com esse mercado. Realmente, foi melhor do que eu esperava”, diz Wikaro Lima, Designer de moda e Professor da Fanor.
Revisão: Mayara Magalhães (Socióloga)/ Por: Lima Sousa/ Editado: Lima S./ Agradecimentos: Fotógrafo: Luís Claudio/Capuchino Press/Assessoria de imprensa: Evelane Barros, Mariana Queiroz/ Marcia Travessoni/ Carlos Ferreirinha/Foto de Capa: Maximoda.